Durante algum tempo atribuiu-se a origem do nome Horta a esta cidade ao facto de nas nossas casas haver muitos quintais, com as suas pequenas hortas. Hoje talvez mais correctamente atribui-se a origem da palavra Horta à evolução e aportuguesamento do apelido Huertere ou Hurtere de Joss Van Urter, o flamengo que no século XV, foi o primeiro capitão-donatário da ilha do faial. Embora toda a documentação mais antiga conhecida se refira já à existência da freguesia da Matriz (do latim matrice, lugar donde alguma coisa se gera…), pensa-se que a fundação da Horta se tenha dado em torno de dois pólos, localizados nas duas extremidades da sua baía; lado sul junto ao areal do monte Queimado, onde se ficaram os primeiros povoadores, que construíram não só a residência do primeiro Capitão Donatário e a Ermida da Sta Cruz; e no lado norte, no sitio da Alagoa. A Ligação destes dois núcleos, hoje localizados na Freguesia das Angústias e da Conceição, irá Contribuir para o desenvolvimento da Horta, elevada, entretanto a Vila por D. Manuel I, por volta de 1498, e para o surgimento de outra freguesia: a Matriz, situada na Zona Central da Vila.
A partir do séc. XVII, a Vila consolida-se começando gradualmente a afirmar-se a freguesia da matriz, graças à transferência da sede política e administrativa para a Zona Central da Vila, por volta de 1632, ao aumento da população, à construção de grandes edifícios religiosos e, no Séc. XVIII, ao papel da baia no contexto do comércio do Atlântico Norte. Por isso, a freguesia da Matriz transformar-se-á no centro político administrativo, religioso e comercial da cidade da Horta, elevada a esta categoria pelo Alvará de 4 de Julho de 1833, e da ilha do Faial. A sua penetração para o interior está em constante crescimento, sobretudo na direcção da zona das Dutras fenómeno que se verifica desde os finais da década de 1980
